
Anna Purkiss, London Press Service
A empresa Bac2 Electrode Materials, com sede em Eastleigh, Inglaterra, em colaboração estreita com cientistas da Universidade Portsmouth, está no limiar de desenvolver o ElectroPhen – um material de baixo custo, moldável, que explora as propriedades condutoras de um novo sistema polimérico.
Materiais condutores comparáveis que são utilizados em tratamento de água, recuperação de metais e células de combustível são de produção cara, pois são necessários processos de alta temperatura para transformar compostos poliméricos em eletrodos de carbono condutor.
A exclusividade do novo material está no fato de que ele produz sais condutores em vez da reação de polimerização, o que o torna muito mais condutor que outros plásticos. Os cientistas da Universidade Portsmouth utilizaram o ElecroPhen em um processo à temperatura ambiente, de baixo custo, para moldar eletrodos compostos poliméricos utilizando processos de injeção e moldagem por compressão.
O ElectroPhen também foi utilizado com êxito para gerar hipoclorito eletroquimicamente, a partir de água salgada. O hipoclorito é amplamente utilizado como desinfetante e o método proporciona o potencial para instalação de sistemas de desinfecção de água de baixo custo em locais que não tenham recursos para comprar plantas de cloração caras.
Outras aplicações incluem a desinfecção de sistemas de resfriamento e condicionamento de ar, para reduzir o risco de problemas microbiológicos, como a disseminação da doença por legionella.
Em uma série de testes recentes, a empresa também produziu uma célula-protótipo para remover eletroquimicamente o metal dissolvido em efluentes. O uso da deposição eletroquímica fornece uma alternativa às técnicas convencionais para remoção de íons, como a troca iônica e a precipitação química.
O desenvolvimento do ElectroPhen possibilitou à empresa ganhar um prêmio no concurso Innovation 2004, no Reino Unido. Anteriormente a Bac2 Electrode Materials também ganhou um dos prestigiosos prêmios de fomento Smart, do Departamento de Comércio e Indústria do Reino Unido, que tem o objetivo de estimular a inovação na Inglaterra.
A empresa está buscando o licenciamento do novo material internacionalmente, para empresas que precisem de materiais condutores moldáveis a baixo custo.
Mais informações: grahan@bac2.co.ok
Site: http://www.bac2-electrode-materials.co.uk/
Chumbo – efeito retardado
Agência Fapesp -Depois de conhecidos os efeitos nocivos da contaminação por chumbo na saúde humana, principalmente como um desencadeador de problemas mentais em crianças com até 5 anos de idade, o uso indiscriminado dessa substância passou a ser controlado.
Nos Estados Unidos, em 1986, o governo proibiu que combustíveis e tintas usadas na construção civil tivessem chumbo na composição. Desde 1981, os carros novos produzidos pela indústria automobilística também deixaram de liberar o elemento químico na atmosfera.
Quase 20 anos depois, os resultados que surgem das planilhas médicas dos hospitais norte-americanos mostram que a proibição surtiu efeito. O número de crianças afetadas pelo chumbo caiu de 80% para 2,2% mas em zonas urbanas os percentuais ainda são altos.
A partir desse quadro, cientistas do Departamento de Geologia da Universidade de Indiana resolveram analisar o solo em vários pontos da cidade de Indianápolis. O objetivo do estudo era descobrir até que ponto o chumbo ainda estava presente no solo da cidade.
As áreas mais estudadas, conforme mostra o artigo “Urban Lead Poisoning and Medical Geology: An Unfinished Story”, publicado com destaque pela revista de divulgação científica GSA Today, editada pela Geological Society of America, estavam perto de ruas e estradas com diferentes níveis de tráfego.
Os pesquisadores encontraram altas concentrações de chumbo nos solos próximos aos locais de circulação de veículos.
Para os pesquisadores, está claro que o chumbo queimado durante anos no passado, e que também foi usado em tintas e vários outros produtos industriais, está imobilizado no solo das grandes cidades.
Os geólogos estimam que nos Estados Unidos ainda existem 400 mil crianças entre 1 e 5 anos de idade com quantidades importantes de chumbo no sangue.
Para atenuar o problema da contaminação por chumbo, lançado na atmosfera por meio do homem há muito tempo, os geólogos defendem algumas ações. A principal delas é melhorar o monitoramento das áreas de risco, que podem muito bem serem definidas com base em modelos matemáticos e nas imagens de satélite.
A favor do amianto
A Eternit, líder de mercado no segmento de telhas e caixas d’água de fibrocimento, e a Sama Mineração de Amianto, sua controlada, dão início, neste mês de janeiro, ao Programa Portas Abertas.
O objetivo é oferecer todas as informações necessárias à sociedade, para demonstrar a utilização do amianto crisotila de forma controlada e responsável, visando derrubar os mitos existentes em relação à matéria-prima.
O ponto principal do Programa Portas Abertas é a realização de visitas às cinco unidades produtivas do Grupo – Anápolis (GO), Colombo (PR), Goiânia (GO), Rio de Janeiro (RJ) e Simões Filho (BA) – e à Sama, localizada em Minaçu, norte do Estado de Goiás. Nessa programação, os participantes podem conhecer como funcionam a extração e o beneficiamento do amianto crisotila, na mineração, e a fabricação dos produtos de fibrocimento.
“Queremos demonstrar que a segurança dos nossos processos é assunto prioritário em toda a companhia, garantida por normas rígidas e iniciativas da empresa e de seus trabalhadores”, afirma o presidente do Grupo Eternit, Élio A. Martins. “Além da adesão ao acordo tripartite para o uso controlado e responsável do amianto crisotila – assinado por representantes da mineração, da indústria de fibrocimento e trabalhadores, e depositado no Ministério do Trabalho – adotamos rigorosos controles internos que buscam eliminar a possibilidade de risco à saúde.”
Na primeira fase do Programa Portas Abertas, 1.500 convites estão sendo enviados para autoridades, investidores, imprensa, entidades e órgãos ligados ao mercado de capitais, mineração, meio ambiente, universidades e outras entidades de ensino. Além disso, a empresa envolverá as comunidades das regiões onde possui unidades instaladas.
Canteiro de obra
A empresa de construção civil industrial Racional Engenharia vem buscando soluções para minimizar o desperdício e gasto de material e água em seus canteiros de obras com o Programa de Gestão Ambiental (PGA). A iniciativa foi lançada em 1998 e já foi aplicada em mais de 40 canteiros de obras.
O PGA reúne procedimentos como separação do lixo, reciclagem de entulho e ações que reduzem o risco de contaminação das águas, do solo e do ar, além de iniciativas para não dificultar a vida das comunidades vizinhas às obras. As ações começam já na preparação das áreas a serem demolidas e na escolha dos locais licenciados e aprovados pelos órgãos públicos para deposição de resíduos.
O programa contempla monitoramento de toda a obra da pesquisa do terreno até a entrega das chaves ao cliente. Entre as atividades comuns a todas as empreitadas estão a implantação de coleta seletiva e o gerenciamento da destinação final dos resíduos, que ocorre no canteiro.
Na obra do Hotel Fasano, em São Paulo, por exemplo, o processo resultou na reciclagem de cerca de 200 metros cúbicos de entulho, com a utilização de uma máquina trituradora. O que era para ser sobra de concreto e massa foi a base para o enchimento do piso do hotel, outros cinco mil metros quadrados de madeira que iriam para o lixo foram reciclados para utilização em diversas áreas da obra.
Fonte: Pauta Social
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