Bovespa terá Indicador de responsabilidade social e ambiental

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) acaba de assinar com o International Financial Corporation (IFC) – braço do Banco Mundial (Bird) para o financiamento do setor privado – um convênio para a criação do Índice de Responsabilidade Social da bolsa. Segundo o superintendente-geral da Bovespa, Gilberto Mifano, o convênio prevê que a instituição internacional vai destinar US$ 70 mil, a fundo perdido, para custear o projeto do novo índice.

O índice de responsabilidade social será o segundo nesta categoria elaborado por uma bolsa de valores. O primeiro é da Bolsa da África do Sul, que deve ser lançado até o fim deste ano. O da Bovespa deve ficar pronto apenas em 2005.

As 40 empresas que vão constar no índice serão selecionadas entre as 150 companhias com maior liquidez no pregão. O peso das ações dessas 40 companhias no índice será ponderado pela quantidade de papéis em circulação (“free float”).

A idéia é que seja dado também um peso de acordo com o grau de responsabilidade social de cada empresa. “Temos de ser realistas, não dá para exigir algo fora da realidade brasileira”, diz Raymundo Magliano Filho, presidente da Bovespa durante evento de comemoração aos 114 anos da instituição. Isso significa que haverá graus de responsabilidade social que vão servir de referencial para a participação das empresas no índice.

Segundo Magliano, companhias cujos produtos não sejam considerados socialmente responsáveis, como cigarros (Souza Cruz), bebidas alcoólicas, armas (Forjas Taurus) ou que tragam risco à saúde, como amianto (Eternit) não deverão entrar no índice. Porém algumas que tenham problemas, mas que se preocupem com o meio ambiente e com a sociedade, como Petrobras e AmBev, poderão constar no índice, mas com um peso menor, explica Mifano.

Os planos são lançar o índice em janeiro de 2005, mas isso vai depender de as empresas responderem rapidamente o questionário, organizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Ambev gasta menos água

A Companhia de Bebidas das Américas (Ambev) está ultrapassando a média mundial, de 4 litros de água por litro de bebida produzido conseguindo em fábricas como as de Curitiba e Minas Gerais a marca de 2,99 l/l.

Além de uma eficiente política de gestão hídrica, este índice é resultado também das campanhas de conscientização voltadas aos empregados da Companhia.

O setor de bebidas é conhecido como grande consumidor de recursos hídricos. Há dez anos, o índice utilizado chegava a 10 litros de água para cada litro de bebida. O trabalho da AmBev é focado no combate ao desperdício e no uso racional de água. Todas as fábricas seguem uma cartilha, conhecida internamente como Mandamentos da Água, em que são destacadas práticas como a manutenção de equipamentos para impedir vazamentos e o acompanhamento constante dos índices de cada uma das fábricas.

Parceria para a economia

A Corona junto com outros fabricantes, participa com a ABINEE – Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica – de uma campanha para economia de água, inicialmente no sul e sudeste do País.

Em apoio ao programa PURA da Sabesp para o uso racional da água, a campanha atingirá mais de 10 mil pontos-de-venda com distribuição de 100 mil cartazes. O objetivo é conscientizar a população sobre a necessidade de economizar água e, conseqüentemente, reduzir o desperdício desta substância vital que está se tornando cada vez mais escassa em todo o planeta.

Além disso, todas as embalagens terão informações importantes aos consumidores, tais como um redutor “economizador” que acompanha o produto e garante um banho econômico e confortável com apenas três litros de água por minuto.

A campanha é assinada pela Sabesp e empresas fabricantes de duchas e chuveiros filiadas à ABINEE que participam da PBE – programa de etiquetagem do INMETRO/PROCEL – Programa de Combate ao Desperdício de Energia Elétrica e Água. Com isso, o consumidor tem acesso a informações sobre a capacidade e desempenho do produto.

Segundo Amilcar Yamin, presidente da Corona, no caso da ducha elétrica, ao abrir a torneira, a água já sai aquecida. Em outros tipos de aquecimento, tais como de passagem e de acumulação, o consumidor deixa a água correr fria por um tempo, aguardando o aquecimento, o que gera desperdício”, conclui.

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