Adotar propostas ambientais que trazem economia de recursos naturais e ainda se transformar em modelo para a comunidade e colher os frutos dessa boa perfomance. Estes são os ingredientes que estão na base do 2o. Benchmarking Ambiental Brasileiro – cujo resultado será revelado no dia 17 de agosto com o anúncio da classificação dos cases vencedores. O evento será gravado online, através da tecnologia de tráfego interativo de áudio e vídeo (streaming media), permitindo a posterior exibição via internet graças à parceria firmada entre a Mais Projetos , Aguaonline e o site Tratamentodeagua, para divulgação dos cases.
Concorrem ao prêmio mais de 30 empresas de todo o Brasil apresentando soluções utilizadas com sucesso nas diversas atividades realizadas na área de gestão ambiental. Os cases vencedores disponibilizam o conhecimento e know-how para empresas e a comunidade fazendo com que a troca de informações possa ser utilizada sem custo, propiciando a difusão do case para empresas e interessados em geral que estejam a procura da mesma solução.
Com o objetivo de facilitar e viabilizar a inscrição dos cases, a organização do prêmio, a Mais Projetos, elaborou seis quesitos básicos que são disponibilizados on line. Essa ação facilita a motivação do profissional que detém o conhecimento na empresa, mas muitas vezes tem dificuldade para organizar e reunir os dados necessários. Na edição 2003, foram aproximadamente 35 inscritos e 14 “cases vencedores” de sete Estados do país e dos três setores da economia, além de vários ramos de atividade e porte. Ficou claro que praticar “gestão ambiental com excelência” independe do porte e/ou ramo de atividade, e sim de “posicionamento e atitude” da empresa/instituição.
O prêmio teve inicio no ano de 2003 após uma pesquisa realizada com aproximadamente 300 empresas. A aceitação foi surpreendente, 89%. A partir desse resultado, ficou clara a importância da utilização da ferramenta Benchmarking ambiental corporativo e a idéia da criação do prêmio.
Solução indiana
Thiago Romero – Agência FAPESP – Uma técnica indiana capaz de reduzir o consumo de diesel utilizado por geradores em comunidades rurais sem acesso à rede elétrica está sendo testada com sucesso pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT). Trata-se de um equipamento que utiliza a gaseificação de matéria-prima local, como resíduos agrícolas ou galhos de árvores, para acionar os motores movidos a óleo diesel. A tecnologia utiliza a biomassa desses resíduos, considerados produtos economicamente viáveis para regiões pobres. O consumo de biomassa seca necessária para a produção de energia é da ordem de 1 kg/h para cada kW elétrico gerado. Neste caso, o diesel tem seu consumo reduzido ao mínimo, utilizado apenas para fazer o motor funcionar.
“O gaseificador consegue transformar a biomassa em um gás capaz de substituir 80% do diesel consumido no motor”, disse o coordenador dos estudos com o equipamento, Ademar Hakuo Ushima, pesquisador do Agrupamento de Engenharia Térmica do IPT, à Agência FAPESP.
Prêmio
O Comitê de Bacia do Paraíba do Sul (Ceivap) é um dos concorrentes finalistas ao prêmio UN Habitat de Melhores Práticas. A premiação acontecerá paralelamente à Expo-Barcelona.
Concorrentes
Concorrem ao prêmio cases de empresas como: Ciba, Ache, Ambev, Sadia, Unimed, Senac, Ford, Givaudan, Faber Castell, Senai, entre outras. A Comissão Técnica é multidisciplinar e representante de entidades associativas de setores diferenciados da economia (sindicatos profissionais e patronais, centros de qualidade, fundações, governo, etc.) que avaliam individualmente os quesitos. Isto assegura a opinião da maioria representante da sociedade e impede a visão unilateral da questão ambiental. Toda ação empresarial (institucional) que tenha contribuído com a questão ambiental do país pode participar.
Piloto
Uma unidade de gaseificação, desenvolvida pelo Indian Institute of Science, de Bangalore, foi trazida para o Laboratório de Combustão e Gaseificação de Motores do IPT para ser testada com biomassas como casca de cupuaçu, casca de coco de babaçu e cavaco de eucalipto. Após a realização dos experimentos, foi iniciada a etapa de testes de desempenho dos gaseificadores na comunidade de Aquidabam, a 90 quilômetros de Manaus.
“Cada equipamento pode gerar energia elétrica para comunidades de até 150 pessoas a partir da matéria-prima local. Por conta disso, estamos tentando fabricar o equipamento no Brasil por meio de uma parceria com o instituto indiano. Trata-se de uma tecnologia extremamente fácil de ser replicada e produzida no país”, disse Ushima. “Além disso, é possível implementar algumas melhorias no equipamento, fazendo com que a tecnologia esteja totalmente adaptada à realidade nacional”.
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