Thiago Romero
Agência FAPESP – O chuveiro elétrico, considerado o grande vilão na conta de energia elétrica, já pode funcionar por meio de um aquecedor solar popular, desenvolvido por pesquisadores da organização não-governamental Sociedade do Sol, sediada no Centro Incubador de Empresas Tecnológicas, da Universidade de São Paulo.
Para fazer o equipamento na própria residência, as pessoas precisam ter três placas de plástico, que serão usadas para a montagem dos coletores solares, e um reservatório de volume útil de 160 a 170 litros. O armazenamento de água pode ser feito em uma caixa de isopor.
O peso dos três coletores – as placas, depois de pintadas de preto, serão montadas sobre o telhado – e o reservatório com água é de aproximadamente 23 quilos. A área para montagem do aquecedor solar popular não precisa ser superior a 2,2 metros quadrados. O site da Sociedade do Sol www.sociedadedosol.org.br traz manuais com a instrução completa para a construção do aquecedor.
Por causa da utilização de peças convencionais e da montagem artesanal, a construção desse aquecedor apresenta um custo extremamente baixo, ao redor de 10% dos equipamentos de aquecimento de água disponível no mercado. Por isso, segundo o engenheiro Augustin Woelz, presidente da Sociedade do Sol, o custo do aquecedor popular pode ser pago em pouco tempo. “O gasto será de R$ 90 a R$ 180. Como o chuveiro elétrico é responsável por até 80% da conta de luz, a economia é grande”, disse o pesquisador à Agência FAPESP.
Exmplo das petroleiras
A FIC – Distribuidora de Derivados de Petróleo, uma das maiores distribuidoras de derivados do petróleo do país, completou a implantação em sua base Paulínia de selo flutuante em todos os tanques de combustível. Este equipamento reduz a emissão de vapores no ar, diminuindo a ação desses gases na camada atmosférica eliminando riscos de poluição.
“O selo flutuante não é necessário em tanques de diesel, mas optamos por instalar em todos os sete reservatórios da base Paulínia, como forma de evitar possíveis impactos no meio ambiente”, revela Edson Almeida Costa Nonato, Gerente Operacional da FIC.
Outro investimento realizado pela empresa na base Paulínia é o sistema de separação de água e óleo. Caso haja qualquer tipo de derramamento de líquidos na base, seja nas plataformas de carregamento ou simplesmente água da chuva, tudo é canalizado para este separador, que vai direcionar a água para um tanque e os demais resíduos para outro.
Escolas públicas
Para disseminar o invento, os pesquisadores da ONG estão divulgando, primeiro, o aquecedor entre escolas públicas e privadas do Estado de São Paulo. Todo o material necessário para a montagem do aquecedor também está disponível na página da Sociedade do Sol na internet.
“A idéia de trabalhar com as escolas é fazer com que os professores montem os aquecedores experimentais em sala de aula com seus alunos. Como as crianças têm um grande poder de divulgação, elas transmitirão a tecnologia à comunidade”, disse Woelz.
Segundo ele, o kit solar escolar didático, que é uma versão reduzida daqueles que estão sendo montados nas residências, deve ter um custo aproximado de R$ 30,00.
As escolas interessadas devem entrar em contato com a ONG pelo telefone (11) 3039-8317 ou pelo e-mail infor@sociedadedosol.org.br.

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