
Após décadas sendo considerada uma das cidades mais poluídas do mundo, Cubatão é, atualmente, reconhecida pelo trabalho que desenvolve em prol da despoluição e proteção ambiental. Dentro desse contexto, o Pólo Petroquímico de Cubatão iniciou há três anos um estudo inédito para a realização de uma dragagem com controle ambiental no Canal de Piaçaguera. As ações são coordenadas pelo Comitê Técnico de Desenvolvimento Sustentável do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo de Cubatão (CIESP), integrado pela Cosipa, Ultrafértil e Carbocloro.
O projeto, que está em fase de detalhamento e elaboração do Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), prevê a disposição do material contaminado dentro de cavas profundas, no próprio canal de navegação.
As vantagens dessa técnica, em relação à tradicional, são o confinamento do material contaminado, a diminuição dos riscos nos transportes dos sedimentos, o não desgaste de outros locais, além da permanência na área de responsabilidade do empreendimento, a redução dos riscos de poluição durante a dragagem pelo uso de dragas ambientais e a melhora das condições de monitoramento do local. O custo do projeto não está finalizado, mas a estimativa é de que seja de até cinco vezes mais do que a tradicional.
Para a execução do projeto foram contratadas quatro empresas especialistas com atuações complementares: a Fundação de Estudos e Pesquisas Aquáticas (Fundespa), com conhecimento ambiental do estuário; a U.S Army Corp of Engineers (Usace), especialista em tecnologia de dragagens ambientais; a Consultoria Paulista, responsável por licenciamento ambiental; e a Camargo Côrrea, com domínio de engenharia de grandes projetos.
A última dragagem realizada no canal de Piaçaguera aconteceu em 1997, quando foi suspensa após a constatação de poluentes orgânicos nos sedimentos. Como conseqüência da suspensão da dragagem, o assoreamento do canal atingiu o nível crítico de navegação, além de haver restrição da navegação em maré baixa e a necessidade de navegar com subcarga.
O mínimo recomendável para navegar com segurança é de 12 metros, porém, a profundidade atual é de 11 metros na parte central e, em alguns trechos laterais, atinge apenas 8 metros. O volume do material que precisa ser dragado é de 2,5 milhões de m³.
Especialistas
O grupo de especialistas é formado por integrantes da Fundação de Estudos e Pesquisas Aquáticas (Fundespa), da Usace – United Army Corp of Engineers, da Consultoria Paulista e da construtora Camargo Corrêa.
A previsão é de que em 12 meses, caso a dragagem não aconteça, haja aumento de riscos ambientais, causados por possíveis acidentes com navios, além de redução da competitividade internacional das empresas atendidas pelos Terminais Marítimos de Cubatão, impacto negativo na economia do município e região, perda de divisas estaduais e inviabilização de projetos futuros de expansão da região.

Reciclagem de vidro
Segundo o Abividro o setor movimentou R$ 65 milhões em 2003 na área de reciclagem e utilizou 45% de caco como matéria-prima em um trabalho que envolveu 1.200 empresas de coleta seletiva e beneficiamento.
Para 2004 estão previstos os projetos Seja um Prefeito 100% abrangendo 500 prefeituras com a distribuição de material sobre coleta seletiva e formação de parcerias e geração de empregos.
O outro setor a ser atingido é o de bebidas frias (bares, restaurantes e hotéis) que serão incluídos no projeto 100% Parceiro do Meio Ambiente.
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