
Serbulo Baeca, ministro da Agricultura de Belize, recebe o reconhecimento de Sylvia Marín, representante regional do WWF Centroamérica
A união de esforço de ambientalistas e pescadores deve melhorar econômica e ambientalmente a atividade de pesca e de proteção do ecossistema marinho da região de Belize, no Caribe. Um acordo neste sentido acaba de ser assinado pela Organização del Sector Pesquero y Acuícola del Istmo Centroamericano (OSPESCA) e o Fundo Mundial para a Natureza (WWF).
A carta de entendimento é para promover ações para conservação e manejo responsável dos recursos pesqueiros marinhos, de maneira que a pesca artesanal, industrial e esportiva sejam desenvolvidas mediante uma estratégia enfocada nos ecossistemas.
“A produtividade pesqueira depende diretamente da produtividade do
ecossistema. Os ecossistemas marinhos são diversos e, em conseqüência, a pesca também é. As estratégias de manejo da pesca devem se adaptar às características e dinâmicas particulares destes ecossistemas”, disse Moisés Mug, Oficial de Pesca para América Latina e Caribe do WWF. “Para o WWF, os arrecifes coralinos, junto com os mangues têm um papel especial para assegurar o uso sustentável das espécies de importância comercial: lagosta, camarões e mariscos”.
No passado, o manejo da pesca se baseava em informação de quantidades de produto capturado e vendido, dados sobre espécies individuais e outros parâmetros mas deixavam de lado o ecossistema onde vivem essas espécies.
Atualmente já se reconhece, por várias instituições internacionais e inclusive a FAO, a importância dessa informação. Elas mesmas têm começado a promover um manejo enfocado no ecossistema. “No entanto, isto significa um alto grau de compromisso por parte dos governos, e os ajustes correspondentes quanto à legislação, educação e capacitação em todos os níveis. Isto é precisamente o que o WWF quer alcançar através de seu compromisso com a OSPESCA”, acrescentou Mug.
“A assinatura do acordo é uma expressão de vontades institucionais para trabalhar de forma organizada, dar atenção aos temas que merecem mais apoio na região quanto à pesca e a aqüicultura e ir criando um sistema que facilite responder aos anseios reais dos países”,disse Mario González, coordenador de OSPESCA.
Hotel ambiental
Foi lançado, no dia 02 de dezembro, no Sesc de São Carlos (SP), o “Projeto Hotel Ambiental”, desenvolvido pelo Instituto Internacional de Ecologia com apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e do AMA-USP (Grupo de Adequação Ambiental de Manufatura). A iniciativa promete revolucionar o setor hoteleiro, que poderá ser o primeiro a adotar a gestão de preservação do meio ambiente.
“Hotéis e pousadas costumam exercer influência negativa sobre o meio ambiente onde estão localizados. Quando utilizam o solo, a vegetação, a água e a energia disponível contribuem para a escassez desses recursos naturais e acabam provocando a contaminação do ecossistema local, despejando efluentes contaminados e gerando grande produção de lixo. Conclusão: até o lençol freático acaba sendo contaminado e comprometendo a água disponível”, justifica o executor do projeto, José Galizia Tundisi, presidente do IIE.
A pesquisadora Roberta Hehl Cintra, responsável pelo desenvolvimento do projeto, diz que a proposta é a adequação ambiental dos empreendimentos, tornando-se, também, uma preocupação comercial na medida em que o novo mercado hoteleiro se tornará mais competitivo. “Um hotel que implanta um sistema de gestão ambiental, adquire uma visão estratégica em relação ao meio ambiente, economiza recursos e passa a ter uma inserção importante na educação de seus clientes e usuários”.
Mais de 20 cidades do Interior Paulista já estão apoiando o projeto: Águas de São Pedro, Analândia, Bariri, Barra Bonita, Bocaina, Brotas, Corumbataí, Descalvado, Dois Córregos, Dourado, Ibitinga, Igaraçu do Tietê, Itirapina, Jaú, Mineiros do Tietê, Pederneiras, Pirassununga, Porto Ferreira, Ribeirão Bonito, São Carlos, São Pedro, Santa Maria da Serra e Torrinha.
Fonte: José Galizia Tundisi, cientista e presidente do IIE (Instituto Internacional de Ecologia)
Caso exemplar
Durante a cerimônia de assinatura do acordo, o WWF cumprimentou o governo de Belize pela aprovação de uma legislação com a qual se protegem 11 locais de desova do mero. “Este o tipo de ação política que queremos ver em outros países, um avanço que deve ser reconhecido em todo o mundo”, expressou Sylvia Marin, representante Regional do WWF Centro-américa. Com a incorporação destes locais de acasalamento e desova, Belize alcança um percentual de 13,4% de suas águas territoriais sob proteção, 1,3% das quais sob proteção total.
Belize tem a maior barreira arrecifal do hemisfério ocidental, o que ressalta a importância da proteção destes locais-chave para os bancos de peixes em todo o Caribe, pois se sabe que mais de 20 espécies procriam nestes locais. Os esforços para proteger os pontos críticos de desova são uma das principais prioridades dol programa de conservação global do WWF.
Frutos
Um bom exemplo dos resultados de programas realcionados com o meio ambiente pode ser visto no InterContinental São Paulo, onde os funcionários, por iniciativa própria, formaram o Comitê de Gestão Ambiental, com o objetivo de conscientizar hóspedes, familiares, colegas e a comunidade quanto a importância da reciclagem.
Umas das primeiras ações do Comitê, em parceria com o Instituto Recicle Milhões de Vidas, foi a realização, neste ano, de oficinas de materiais reciclados e aulas sobre o meio ambiente, desenvolvidas no Parque Siqueira Campos (Trianon), para cerca de 50 crianças, todos filhos de funcionários, entre 5 e 12 anos.
Seguindo a política mundial de meio ambiente da marca, o InterContinental São Paulo promove o uso racional de toalhas e roupas de camas entre seus hóspedes
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