A ABAS (Associação Brasileira de Águas Subterrâneas) firmou um convênio com o Banco do Brasil, o BB Coop, para conceder taxas de empréstimos abaixo do mercado para seus associados, empresas de construção de poços tubulares e fornecedores. Será concedido financiamento para empreendimentos que promovam a criação ou a manutenção de postos de trabalho e geração ou distribuição de renda. Os recursos utilizados provêm do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).
O financiamento destina-se à compra de bens e serviços utilizados como instrumento de trabalho, adquirido de fornecedores conveniados, à aquisição de insumos e matérias-primas, à obtenção de capital de giro associado ao investimento e à comissão de concessão de aval do Funproger.
O Banco do Brasil estipula o limite financiável de investimento fixo em 90% do valor do orçamento. O capital de giro associado, financiado pelo banco, pode ser de até 30%, calculado sobre o valor do orçamento para o investimento fixo. Além disso, é possível obter até R$ 4 mil por associado para a compra de insumos, matérias-primas e demais bens de serviços necessários ao ciclo produtivo do empreendimento.
A taxa do financiamento será calculada com base na TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), acrescida de 4% ao ano. A carência depende dos insumos e bens adquiridos. Veículos têm carência de seis meses e prazo de pagamento de 5 anos. Os equipamentos e sistemas para informatização não têm carência e o prazo de pagamento é de 3 anos. O prazo dos demais investimentos é de 96 meses e carência de um ano. Podem participar as empresas associadas da ABAS.
Fonte: ABAS
País de Gales busca parceiros
Doze empresas do País de Gales estão no Brasil para prospectar as oportunidades de negócios. Liderada pela Wales Trade International – WTI (organização do Governo de Gales para o comércio exterior) a missão comercial abrange múltiplos setores. “Esperamos repetir o sucesso da nossa iniciativa na América Latina em 2002, que entusiasmou a todos os envolvidos. Aa empresas têm como denominador comum a intenção de avançar nos preparativos necessários para atuar no mercado de exportações para a América do Sul.” explica Nia Harries, líder da missão atual.
As 12 empresas, 10 das quais visitando São Paulo, três o Rio de Janeiro, e uma Belo Horizonte, ficam no Brasil de 23 a 28 de novembro e vão para o Chile na sequência. Segundo os empresários o interesse pelo Brasil decorre do fato de que a economia brasileira vem mantendo a 10ª colocação , seguindo seis das maiores economias industrializadas – os Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Reino Unido e Itália. Ocupa o segundo lugar nas Américas, depois dos Estados Unidos e seguida do Canadá, México e Argentina.
Uma das empresas que atua na área de saneamento, a HydraJect, é uma das principais fabricantes de válvulas e componente que permitem a troca ou conserto sem necessidade de interrupção do fluxo de água ou gás. Segundo o dirigente Peter Enston, em entrevista à Aguaonline “o princípio funcional do serviço da Hydra-Ject é reduzir custos em larga escala para operadores de adutoras principalmente nas indústrias de distribuição de água e gás.Muitos milhões de dólares foram poupados pela indústria britânica de água só neste ano, como resultado direto do uso desta tecnologia”.
Conforme o dirigente galês a Hydra-Ject não está representada em mercado externos mas o board de diretores decidiu investigar mercados-chave para exportação em 2003/2004. “A tecnologia patenteada é ideal para reabilitação de infra-estrutura e estamos ativamente buscando parceiros potenciais para aplicar esta tecnologia no que considerarmos ser uma boa oportunidade”.
Ele informa que a empresa está desenvolvendo dois novos produtos que tem aplicações nos setores de saneamento e meio ambiente. O primeiro é uma máquina leve, revolucionária, de perfuração e rosqueamento “sob pressão” que possibilita uma série de operações a serem executadas nos dutos e válvulas sob pressão do sistema. O segundo é um sistema que sela flanges vazando nos dutos, também sob pressão do sistema. Recentes experimentos de sucesso possibilitaram um flange de 600mm vazando ser selado sob total pressão do sistema de 10 barras, dentro de horas.
Um dos principais objetivos da visita da Hydra-Ject ao Brasil é conhecer as indústrias de distribuição de água e gás. “Äinda não sabemos o quanto nossa tecnologia pode ser aplicada localmente mas os indicativos iniciais são de que há grandes oportunidades à frente”, conclui.
Sobre a ABAS
Fundada em 10 de outubro de 1978, a Associação Brasileira de Águas Subterrâneas tem como função divulgar, discutir e conservar as águas subterrâneas no país, além de congregar entidades, técnicos e simpatizantes, com objetivo de estudar, pesquisar, criar novas tecnologias de preservação e uso de águas subterrâneas.
A entidade que, hoje, reúne mais de 1.000 associados, em todo território nacional, com sede em São Paulo promove seminários, cursos, congressos e conferências para a divulgação dos trabalhos técnicos, constitui comissões e promove reuniões para análise e debate de assuntos relacionadas às águas subterrâneas.
Niterói investe em água e esgoto
A Águas de Niterói, concessionária privada de saneamento, recebeu aprovação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) do financiamento de R$ 11,2 milhões. O objetivo principal é a ampliação do abastecimento de água e de coleta e tratamento de esgoto da região.
Esse valor representa cerca de 54% do investimento total do projeto, orçado em R$ 20,4 milhões. O projeto inclui a construção de uma estação de tratamento de esgoto no centro do município para atender o centro e parte da região norte; a automação do sistema, com controle mais eficaz de perdas, economia de energia, controle sobre manutenção e serviços de atendimento a clientes, além da redução de custos operacionais.
A Águas de Niterói reduziu a perda de água para 22% e mais de 120 mil pessoas passaram a ser atendidas sem que fosse acrescentado um litro ao volume total de água. A partir de fevereiro de 2004, Niterói terá 75% de seus esgotos coletados e tratados (a média nacional é 12%). Vale destacar que a tarifa de água no município é 7% mais baixa do que a do Rio de Janeiro.
Niterói é o terceiro maior município do Rio de Janeiro em termos econômicos, com 459.451 habitantes; e segundo o IBGE, a quarta cidade brasileira em qualidade de vida.
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