Plástico biodegradável conquista o mercado

Até dezembro deste ano, pelo menos 132 toneladas de embalagens plásticas biodegradáveis – que se decompõem em até 18 meses em contato com o ar, a água e o solo – serão produzidas no Brasil. No final de 2004, outros 150 milhões de sacolas por mês estarão em fabricação com esse material, com perspectiva de 100% de aumento a cada ano, pelas projeções de uma das maiores indústrias nacionais do ramo. Essas são as perspectivas de apenas duas das seis fabricantes do setor de plásticos que utilizam matéria-prima importada com exclusividade pela rEs Brasil, empresa nacional de representação, distribuição e licenciamento industrial.

Detentora de tecnologias inéditas no Brasil, a rEs Brasil, fornece às fábricas aditivos que, adicionados aos plásticos comuns, tornam o produto final degradável e biodegradável. Em outros casos, ela distribui matéria-prima de origem 100% vegetal para fabricação de artigos que, além de biodegradáveis, são compostáveis. Outros produtos podem ainda ser solúveis em água. Dessa forma, são rapidamente absorvidos na natureza e em alguns casos podem até servir de adubo e alimentação animal, eliminando o descarte em aterros sanitários (onde levam até 100 anos para se decompor) e deixando de poluir rios, lagos e oceanos.

A ampliação do nicho dos plásticos biodegradáveis tende a seguir também o aumento da produção no setor de embalagens em geral. A Associação Brasileira de Embalagem (Abre) aposta também na elevação das exportações de embalagens vazias, que já representaram 7% do total da produção nacional no ano passado e, em 2003, devem ficar em 10%.

Nesse contexto, a expectativa é que, apesar de em média 30% mais caras, as embalagens do plástico biodegradável se popularizem na mesma velocidade do aumento do consumo ecologicamente correto e socialmente responsável, na avaliação do diretor superintendente da rEs Brasil, Eduardo Van Roost. Segundo ele, a provável receptividade do mercado, em tempos “ambientalmente exigentes”, pode deixar o custo dos produtos de plástico biodegradável, mais especificamente o das sacolas, apenas cerca de 15% acima do preço daqueles que utilizam a versão comum da matéria-prima.

Como exemplos desse panorama favorável ao mercado de plásticos em geral e, mais especificamente, à sua versão biodegradável, Van Roost cita que uma das compradoras dos aditivos é a Sol Embalagens, fornecedora de sacolas plásticas para o Pão de Açúcar, o Carrefour e o Wall-Mart, entre outros gigantes do setor varejista. A empresa planeja implementar as sacolas biodegradáveis em uma grande rede nacional de supermercados ainda este ano e espera atingir a marca de 150 milhões de peças do gênero fabricadas por mês ate o final de 2004. No Brasil, cerca de 700 milhões de sacolas plásticas de compras são utilizadas mensalmente pelas redes de supermercados.

Outra parceira, a Antilhas Soluções Integradas para Embalagens fabricará as 132 toneladas de embalagens biodegradáveis que embalarão os produtos comercializados nas 2,3 mil lojas da rede O Boticário no próximo Natal.

Já a Nobelplast – fabricante de sacolas, materiais promocionais, filmes técnicos, envelopes e envelopes de segurança para bancos, Correios e Telégrafos e couriers – espera incrementar em até 40% o seu faturamento de R$ 25 milhões (em 2003) nos próximos três anos, apenas com a transformação do plástico ecologicamente correto.

Segundo Van Roost o aditivo fragiliza as ligações entre as moléculas de carbono que formam o plástico, fazendo com que o material comece a se degradar sob condições comuns ao meio ambiente ao ser descartado no lixo. Posteriormente à degradação, os pequenos fragmentos resultantes serão mais facilmente digeridos pelas bactérias e fungos existentes na natureza. “Uma vez quebradas as cadeias de carbono e hidrogênio do plástico comum, os átomos de carbono livres se ligam ao oxigênio da atmosfera formando dióxido de carbono. Os átomos de hidrogênio livres se ligam também ao oxigênio, formando água. Essas são as mesmas substâncias que os seres vivos exalam na respiração”, afirma.

O tempo de decomposição, acrescenta Van Roost, também pode ser regulado de acordo com a finalidade do produto. Essas propriedades não alteram nenhuma das características originais do plástico comum. Os produtos finais aditivados são totalmente recicláveis, de acordo com o superintendente da rEs Brasil.

Energia eólica

A COOPTTEC está disponibilizando o aerogerador batuíra 500®, a primeira turbina eólica do mundo que, substituiu compostos de fibra de vidro por fibras naturais em sua construção. Além de se tratar de projeto pioneiro, a tecnologia é toda desenvolvida no Brasil por técnicos e engenheiros brasileiros.

Praguicidas biológicos

Tierramérica

O uso de praguicidas biológicos na América Latina pode chegar a 9% do total mundial em 2008, com um valor de US$ 100 milhões segundo previram especialistas internacionais, durante um simpísio realizado no Centro Agronômico Tropical de Pesquisa e Ensino (CATIE), na Costa Rica. Os biopraguicidas ou substâncias não sintéticas para o controle de pragas representam, na América Central, entre 2 e 3% do mercado de praguicidas.

Mas seu uso poderia aumentar 10% nos próximos 10 anos, segundo o assessor do Projeto de Promoção de Produtos não Sintéticos da Agência de Cooperação Alemã (GTZ), Ulrich Röettger.

As razões desse incremento serão a crescente quantidade de produtos orgânicos no mercado internacional e a resistência de pragas e doenças aos venenos químicos.

No mundo são gastos atualmente US$ 28 bilhões anuais em instrumentos para o controle de pragas, dos quais US$ 1 bilhão se destinam a pesticidas biológicos.

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