
O cloro usado para limpar o interior das piscinas pode estar relacionado com a aparição de asma em crianças dos países desenvolvidos, segundo um estudo publicado pelo “British Medical Journal”. De acordo com a pesquisa, o contato da tricloramina, uma substância altamente concentrada no cloro e que se inala muito facilmente, com matérias orgânicas, como a urina e o suor, poderia dar lugar à aparição da asma.
Os autores deste estudo sobre Medicina do Trabalho e do Meio Ambiente, realizado na Universidade de Lovaine (Bélgica), coletaram amostras de sangue de 226 crianças procedentes de áreas rurais e urbanas para medir seus níveis de proteínas pulmonares. Todos tinham freqüentado a piscina com regularidade – a cada semana ou cada 15 dias – desde que eram pequenos. Também foram coletadas amostras de outras 16 crianças e 13 adultos e estudadas 2.000 fichas médicas para avaliar a incidência de asma em crianças entre 7 e 14 anos.
Os especialistas comprovaram que uma freqüência regular à piscina estava significativamente relacionada com a destruição das barreiras que protegem a parte dos pulmões ligada ao desenvolvimento da asma, o que torna as crianças mais vulneráveis.
Os níveis de deterioração aumentavam consideravelmente depois de passar uma hora na beira de uma piscina com cloro e o dano era maior quanto menores eram as crianças. Outra evidência era de que os efeitos nocivos do cloro aumentavam quando as crianças haviam nadado com maior freqüência. Os cientistas constataram que embora nadar seja um esporte geralmente aconselhável para os asmáticos, porque o ar úmido e quente das piscinas compensa os efeitos do exercício, não é recomendável quando o ar está contaminado de toxinas.
Eles ressaltam, entretanto que os níveis de tricloramina podem variar consideravelmente de umas piscinas para outras, dependendo da higiene dos usuários ou se a zona está bem ventilada.
Fonte: www.ecodigital.com.ar.
Fabricantes de cloro contestam
Segundo material divulgado pelo Chlorine Chemistry Council , que congrega internacionalmente as indústrias do segmento, não existem evidências conclusivas na “pesquisa, liderada pela equipe do Dr. Alfred Bernard, que avalia a hipótese de que as cloraminas nas piscinas internas (não externas) podem contribuir para o surgimento da asma em crianças”. O material afirma que “o estudo, apenas exploratório, suscita mais perguntas do que respostas e que o próprio autor reconhece a necessidade de mais estudos epidemiológicos”.
A entidade revela que a presença de cloraminas na água pode ser, ao contrário, o indicativo da pouca quantidade de cloro na água da piscina. Ela alerta para a necessidade do correto manejo, adequada cloração e ventilação nas piscinas internas para a garantia de baixo nível de cloraminas na água. Outra medida simples é usar o chuveiro previamente para eliminar o suor e restos de óleos e loções no corpo do nadadores que ajudam a formar as cloraminas.
Tratamento de superfícies
A Tecpress Service, empresa brasileira especializada no tratamento de superfícies e pintura, está trazendo para o Brasil o HydroCat, um robô onidirecional operado à distância para executar o tratamento de superfícies em chapas lisas, como costado de navios, tanques de armazenamento industrial, utilizando ultra hidrojato.
Essa tecnologia preserva o meio ambiente evitando que os resíduos com o tratamento da superfície de um casco de um navio, que incluem tintas e óxidos, caiam no mar. Durante sua operação o HydroCat armazena automaticamente todos os detritos gerados na execução do trabalho em recipiente apropriado para posterior destruição.
Prevalência
Acredita-se que a prevalência de asma esteja em torno de 7,2% da população mundial. Pelo menos 40.000 mortes por ano são atribuídas à asma. Esta prevalência é diferente nas diversas regiões do mundo, variando de 30% na Austrália, 35% nas Ilhas Carolinas até 0,7% no Japão e 0,1% entre os esquimós.
A prevalência de asma desde a década de 1980 vem aumentando gradativamente, fato notado em várias regiões do mundo (Keeley & NEILL, 1991). Esta constatação gerou várias dúvidas quanto aos seus possíveis determinantes. Isto poderia estar relacionado a um maior número de diagnósticos decorrente de definições mais precisas, a um maior conhecimento da patogenia ou até mesmo pelo menor estigma associado à doença.
Apesar das evidências de hereditariedade associadas à asma, existe um importante fator ambiental determinando o aparecimento, assim como a gravidade dos quadros asmáticos (Burney, 1993). As populações rurais têm uma prevalência de asma significativamente menor, mas esta prevalência aumenta rapidamente quando estas populações se deslocam para regiões urbanas (Marsh et al., 1981).
Cabe ressaltar que a poluição atmosférica não é o único fator envolvido e esta diferença pode apenas estar refletindo um aumento na incidência de atopia devido à exposição a outros alérgenos, fato que parece ocorrer principalmente nos momentos de inversão térmica (WichmanN et al., 1989). O fumo está associado à hiperresponsividade brônquica e à função pulmonar basal, principalmente em faixas etárias maiores (Burney et al., 1987). Fonte: www.hcnet.usp.br
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