
A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está finalizando a construção de dois protótipos da habitação social no campus universitário. As duas pequenas casas-modelo destinadas à habitação de interesse social estão sendo construídas com materiais diferentes: uma é executada em madeira de reflorestamento do tipo pinus e a outra é feita de blocos pré-moldados, concretos e argamassas produzidos com a adição de resíduos. Cinzas de termoelétricas, cinzas de cascas de arroz e entulho da construção civil foram estudados e transformaram-se em adições dos novos materiais.
Os protótipos mostram resultados de pesquisas patrocinadas pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), contam com bolsas para formação de recursos humanos, do CNPq, e também com apoio da Caixa Econômica Federal. O processo de pesquisa e de construção dos protótipos contou também com a colaboração de empresas parceiras, entre elas Battistella, Tractbell Energia, Toniolo Pré-Moldados, Solaris, Bela Calha, Minercal, Escadas Manske, Revestir, Piso Forte.
Um dos modelos que está sendo demonstrado tem 37 metros quadrados distribuídos em dois pavimentos e utiliza intensivamente a madeira, tanto nas paredes e entrepisos quanto na cobertura que, além da estrutura, tem telhas de madeira. Pela participação no projeto, estudantes do Curso de Arquitetura e Urbanismo ganharam em 2002 o 4º lugar no concurso nacional Soluções para Urbanização e Habitação de Baixo Custo no Brasil, promovido pela Caixa Econômica Federal e Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB).
Outra característica do protótipo em madeira é sua flexibilidade, permitindo a ampliação através de painéis modulados. A proposta leva em conta pesquisa realizada pelo
Grupo de Estudos da Habitação (Ghab) da UFSC em conjuntos habitacionais populares e que diagnosticou a presença constante de alterações na construção original – os tradicionais “puxadinhos”. “São alterações que o morador acaba fazendo para atender a suas necessidades e que podem comprometer o funcionamento e a segurança da habitação. Por isso o projeto tem que incorporar esta necessidade, permitindo a construção em etapas”, explica a coordenadora do projeto, professora Carolina Palermo Szücs. do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFSC.
A casa modelo de blocos pré-fabricados está sendo construída com materiais alternativos produzidos com a adição de resíduos, em sistema construtivo de alvenaria estrutural. As paredes foram erguidas com blocos modulares produzidos com as cinzas da Termoelétrica Jorge Lacerda. Um outro concreto alternativo – onde o agregado natural é substituído por entulho da construção e demolição processado – e um concreto produzido com adição de cinzas da casca de arroz, também estão sendo usados.
De acordo com a professora do Núcleo de Pesquisa em Construção e do Laboratório ValoRes (Valorização de Resíduos na Construção) da UFSC, Janaíde Cavalcante Rocha, coordenadora do projeto, a idéia do protótipo é trabalhar com materiais alternativos em um sistema de pré-moldados para a habitação popular, o que pode reduzir custos e agilizar a construção de moradias. “A pré-fabricação pode auxiliar a evitar excessos e a buscar maior controle de qualidade da habitação”, explica a professora.
O protótipo ainda é uma base de demonstração de soluções para a construção sustentável: como instalações elétricas otimizadas para baixo consumo de energia, painéis fotovoltaicos para geração de energia e sistema de aproveitamento água de chuva.
Fonte: Habitare/Finep
http://habitare.infohab.org.br/
Metalúrgicos vão construir cisternas
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, José Lopez Feijó, anunciou que os R$ 323.425,00 arrecadados junto aos trabalhadores da categoria durante a campanha salarial emergencial, irão para a construção de 400 cisternas (cada uma com capacidade para 16 mil litros de água) em Itaíba e Pesqueiras, ambas em Pernambuco, e em Remanso e Casa Nova, na Bahia. Mais de 10 mil pessoas serão beneficiadas. O montante arrecadado ainda pode ultrapassar os R$ 500 mil.
“Escolhemos aquelas cidades onde a intervenção dos metalúrgicos significaria uma melhora real na qualidade de vida da população”, diz Feijó. O dirigente afirma que os trabalhadores irão acompanhar as obras até o seu término.
Fonte: Boletim da CUT
Empresas ecoeficientes
Muitas empresas estão adotado programas de gerenciamento ambiental focados na ecoeficiência. “Embora exista uma concentração maior de cases na área industrial amplia-se o número de organizações de outros setores que adotam a mesma postura”, explica o consultor do Projeto Ecoeficiência do Senac São Paulo, Alcir Vilela Jr.
Um exemplo é a IBM Brasil, que desenvolve programas internos de gerenciamento de resíduos e uso de água e de energia. Cerca de 80% dos resíduos gerados nos prédios da empresa no Rio de Janeiro e São Paulo e na unidade industrial, em Hortolândia, são reaproveitados. No caso das lâmpadas incandescentes, 100% já são reciclados. Em Hortolândia, a empresa trata 100% de seus efluentes líquidos (água de lavagem e resíduo sanitário), antes de sua liberação.
Edição 167 – 17/07/2003 a 23/07/2003
Hotel ecoeficiente
O Senac São Paulo está ampliando para as suas 60 unidades em todo o Estado o Projeto Ecoeficiência, implantado com sucesso há dois anos no Grande Hotel Senac São Pedro. O programa visa à adoção de um consumo consciente no uso de energia e de água, além da redução do uso de papel e copos descartáveis, gerando benefícios para a instituição e para o meio ambiente.
O ponto de partida ocorreu no dia 5 de junho, em comemoração ao Dia do Meio Ambiente, com o lançamento do Manual de Ecoeficiência da Rede Senac São Paulo. O conteúdo deste material contempla a divulgação e explicação da política ambiental do Senac para todos os funcionários e alunos da instituição.
O próximo passo será a adoção de um sistema de coleta e descarte de lâmpadas fluorescentes em todas as unidades do Senac, além da aquisição de torneiras para os banheiros com temporizadores que regulam o volume de água utilizado para lavar as mãos. Nessa etapa, a participação de alunos e funcionários é fundamental, pois o sucesso das ações desenvolvidas dependerá do comprometimento, da participação efetiva e até mesmo da mudança de alguns hábitos cotidianos por parte de todos.
O Senac São Paulo já implantou em sua sede dois coletores especiais para o recebimento das cerca de 1.200 lâmpadas descartadas por mês. Apesar de serem mais econômicas, as lâmpadas fluorescentes contêm mercúrio, substância tóxica e altamente nociva ao ser humano e ao meio ambiente. A instituição fechou uma parceria com Apliquim, única empresa no Estado de São Paulo que recicla estas lâmpadas de forma ambientalmente segura.
Desde maio de 2001, o Grande Hotel Senac São Pedro desenvolve um programa de gestão ambiental destacando-se ações como o plantio anual de novas mudas de árvores e a manutenção da área verde; um projeto, já aprovado, para a troca da caldeira elétrica por uma caldeira a gás e a energia solar e a parceria entre o Senac São Paulo, a Prefeitura Municipal de Águas de São Pedro e a SABESP para a construção de uma estação de tratamento de efluentes na cidade.
Resultados
54% do resíduo gerado, como papelão, latinha e plástico, são destinados a empresas de reciclagem;
Destinação adequada do resíduo tóxico e não reutilizável para empresas especializadas que depositam este material em aterros sanitários legalizados;
Redução de 18% no consumo de energia elétrica;
Redução de 5% no consumo de combustível;
Redução de 12% no consumo de água;
Redução de 3% no consumo de gás;
Troca de 90% dos equipamentos de refrigeração para gás ecológico;
Monitoramento da qualidade da água potável e dos efluentes do hotel, conforme padrões exigidos pela legislação;
Plantio de 10 mil novas mudas de árvores desde o início do projeto;
Fonte: Senac-SP
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