Com a volta das campanhas de combate à dengue é bom lembrar de medidas simples, como o uso de água sanitária para a eliminação de focos do mosquito transmissor. Conforme divulgado na Edição 103 da Águaonline, a Associação Brasileira da Indústria de Álcalis , Cloro e Derivados (ABICLOR) encomendou um estudo à Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, pertencente à Universidade de São Paulo (ESALQ/USP), sobre a utilização de água sanitária no combate à dengue.
Uma das maneiras para controlar as larvas que habitam os depósitos de água é o seu tratamento com inseticidas; esta prática além de onerosa pode ser tóxica ao homem e animais domésticos, bem como condenada em termos ecológicos. Além disso, existem constatações de resistência com as larvas desta espécie, devido provavelmente ao uso abusivo desses inseticidas.
Tendo em vista a possibilidade da utilização de substâncias que normalmente já são empregadas no dia-a-dia das donas-de-casa, tal como a água sanitária, formulada com base no hipoclorito de sódio, foi realizado o ensaio visando avaliar o efeito da mesma sobre as larvas dessa espécie. Os ensaios consistiram na diluição de água sanitária (hipoclorito de sódio) em água tratada (água de torneira) com pH em torno de 6,7.
A principal conclusão a que se chegou é que a dosagem de 2 mililitros (aproximadamente 2 colheres de café) de água sanitária, para cada litro de água tratada, é suficiente para matar larvas de Aedes aegypti durante 20 dias. É importante ressaltar que as larvas morrem após 24 horas de contato com a solução.
“Até hoje, a população não sabia exatamente o tempo de duração do efeito da água sanitária. O resultado da pesquisa mostra um fato inédito com relação a eficácia prolongada desse produto”, conta Octavio Nakano, professor do Departamento de Entomologia da USP.
Vigilância
A população deve continuar atenta,por exemplo, toda vez que repuser a água dos vasos durante esse período. “Como as plantas e flores absorvem água, periodicamente a dona-de- casa a repõe. O importante é que essa reposição seja feita também com a adição de água sanitária (2 ml por litro). A mistura não faz mal às plantas”, explica Nakano.
Estes resultados são semelhantes aos encontrados pelo Grupo de Trabalho de Entomologia do PEAa-Rio (Plano Municipal de Erradicação do Aedes aegypti) divulgados neste mesmo espaço, na edição 104 da Águaonline.
Outras informações podem ser obtidas com a ABICLOR , fone 11 3258-0497/32589527.
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