Genes para medir poluição

Já estão em andamento nos Estados Unidos alguns testes executados em nível genético, avaliando os efeitos dos poluentes diretamente sobre os genes. A informação foi dada pelo especialista norte-americano James Lazorchak, na palestra que fez na última sexta-feira (29/11), na sede da Fundação Estadual de Proteção Ambiental do Rio Grande do Sul (Fepam).

Ele falou sobre a evolução do processo de controle da poluição em efluentes líquidos desenvolvido pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA), que teve início há mais de 20 anos. Segundo ele, o principal objetivo desse trabalho é “manter e restaurar a integridade química, física e biológica das águas no país”.

Lazorchak trabalha desde 1989 em um centro de pesquisas dedicado a avaliar os impactos de vários tipos de poluentes sobre os organismos vivos e sobre o ambiente natural.

Na Divisão Ecológica para Pesquisa sobre Exposições ele desenvolve novos métodos para medir o grau de contaminação em ambientes aquáticos, e a cada dia surgem novas tecnologias que têm auxiliado principalmente num maior grau de precisão nos testes. Atualmente, as medições são desenvolvidas com peixes, invertebrados e algas. Mas a inovação são os testes avaliando os efeitos dos poluentes diretamente sobre os genes.

Outra metodologia é a de monitoramento biológico contínuo. Com esse modelo, há avaliação ininterrupta da qualidade dos mananciais. Esse processo, segundo o expert em ecologia aquática e toxicologia, “interessa muito aos holandeses, por exemplo, já que eles estão na parte mais baixa da região, suscetíveis a receber uma carga de poluentes de várias nações”.

Lazorchak avaliou que muitos parâmetros adotados pela Fepam são semelhantes aos da EPA, como padrões para lançamento de poluentes e para qualidade das águas e metodologia para encaminhamento dos testes de contaminação ambiental.

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