Até o ano de 2010 a Petrobras completará a sua transformação em uma empresa de energia com responsabilidade social, com ênfase para fontes alternativas, indo muito além do petróleo. A declaração foi feita pelo diretor-presidente da Refinaria Alberto Pasqualini, Hildo Henz, na entrevista coletiva durante o seminário sobre Economia e Sustentabilidade, realizado em Porto Alegre, nos dias 21 e 22 de novembro. Ele informou que hoje já são destinados US$ 25 milhões/ano em pesquisas sobre energias renováveis e a empresa já tem três sítios piloto de produção eólica: Nordeste, RGS e na cidade de Macaé (RJ).
Henz, em perfeita sintonia com a palestra feita por Christopher Flavin, presidente do WorldWatch Institute, de que o mundo caminha para além do petróleo, revelou que a Petrobras pesquisa também outras fontes, como o biodiesel ( utilizando até mesmo óleo usado de frituras), o gás natural e bagaço de cana-de-açúcar, células de combustível e energia solar.
Flavin foi o mais enfático e repetiu que o mundo caminho rapidamente para a substituição dos derivados do petróleo e que isto não é uma previsão mas a constatação da realidade. O uso de energia eólica cresceu 30% nos últimos anos, informou, acrescentando que a grande maioria são empresas de pequeno e médio porte.
Ele diz que há recursos disponíveis internacionalmente para investimentos em empresas com bom passado ambiental e que este é um componente que começa a fazer a diferença no mercado de ações e citou o site http://www.calvert.com/ , como um exemplo.
Na palestra sobre Energia para o Século XXI ele disse que a globalização foi construída sobre uma economia defeituosa, basta ver o estrago que o aumento dos preços do petróleo causa em grande número de países. Em sua opinião os economistas deveria estar estudando matérias como antropologia e ecologia para entender melhor como o meio ambiente está impulsionando as questões econômicas. Fazendo um jogo de palavras para mostrar que mesmo as grandes do petróleo estão mudando seu foco disse que a British Petroleum, cuja sigla é BP, agora significa Beyond Petroleum ( Além do Petróleo).
Especificamente sobre a água, Flavin, enfatizou que as evidências são cada vez mais fortes quanto à escassez e que o mundo está aprendendo que a solução é o uso racional. Ele revelou que nos Estados Unidos é inegável o avanço das questões ambientais, “apesar de Bush”, que não representa a totalidade do pensamento do país. No Texas, Estado governado por Bush, é onde estão as regras mais rigorosas de controle ambiental da indústria automobilística, afirmou.
Tratamento de efluentes
Até o final de 2003, a Fras-le S/A reutilizará 75% da água de efluentes. Para atingir esta meta a empresa investiu no Projeto de Melhorias na Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), que acabou virando um case e conquistando o 10º Prêmio Expressão de Ecologia, na categoria Controle da Poluição. O prêmio é concedido pela Editora Expressão, de SC, e em sua décima edição teve 158 inscritos, entre empresas, instituições públicas e ONGs.
Em agosto de 2001, a Fras-le decidiu pelo up grade da E.T.E, desenvolvendo novo sistema inédito de complementação do tratamento. Foram investidos cerca de R$ 200 mil com a implantação de um Filtro Biológico e um Sistema de Carvão Ativado, o que permitiu reutilizar 30 a 35% do efluente tratado, que hoje serve para a preparação de produtos químicos, sistema de lavagem de gases e prensa desaguadora de lodo.
A Fras-le, hoje, consome em sua unidade de Forqueta 200 mil litros/dia de água potável. Até 2003, a meta é a de reutilizar 150 mil litros/dia de efluente tratado. Com a implantação do novo sistema de tratamento da E.T.E, a Fras-le consome cada vez menos água retirada de seus poços artesianos. Em julho o consumo foi de 6 milhões de litros, em agosto 5 milhões e em setembro 4 milhões de litros de água.
Bioensaios
Bio Ensaios, um dos mais bem equipados centro de análises ambientais, já tem nova sede, construída no município de Viamão (RS). Sob o comando de Ellen Pristch e Alexandre Brandelli a empresa ganhou credibilidade e credenciamento, entre outros, do Inmetro e Redlab e já figura entre os melhores da América Latina em algumas especialidades.
Eliminador de ar não influencia medição
Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) concluiu que o aparelho eliminador de ar não apresentou influência significativa nas medições de água na rede de distribuição de Campo Grande.
O resultado do trabalho foi divulgado pelos professores Robert Schiaveto de Souza, Mauro Polizer, Manoel Afonso Costa Rondon, Jorge Gonda e Luís Araújo do Val, do Departamento de Hidráulica ligado ao Centro de Ciências Exatas e Tecnologia da UFMS, que desenvolveram a pesquisa em convênio com a Águas Guariroba, concessionária dos serviços de água e esgoto de Campo Grande, Mato Grosso do Sul.
O objetivo do estudo foi analisar o comportamento do dispositivo eliminador de ar relativo a sua influência nas medições de consumo de água, em condições de funcionamento na rede de distribuição de Campo Grande, e em situações de abastecimento e de desabastecimento.
A metodologia utilizada pelos pesquisadores consistiu em medir os efeitos da movimentação do ar na totalização dos volumes fornecidos aos usuários, através de medições de campo, em hidrômetros instalados antes e depois do dispositivo eliminador de ar. Para isso, foram instalados 25 aparelhos em pontos de amostragem com maior freqüência de falta d´água e que há mais reclamações. Os eliminadores de ar foram monitorados por um período de 30 dias. Para a avaliação foram feitas simulações semanais de falta d´água, fechamento dos registros por 6 horas e intervalo de medições a cada 6 horas.
De acordo com o relatório, foi constatado com 95% de confiança, que não há diferença significativa entre os consumos registrados pelos hidrômetros em série; o volume de ar eliminado em relação ao volume médio consumido de água não é significativo, variando entre 0,9 a 2,1%.
O documento termina com a seguinte conclusão: “A pesquisa realizada para estudar o comportamento do dispositivo eliminador de ar, relativo a sua influência nas medições de consumo de água, em condições de funcionamento na rede de distribuição de Campo Grande, em situações de abastecimento e desabastecimento, através de testes de campo, permite concluir que o emprego do dispositivo não apresentou influência significativa nas medições”.
Fonte: Águas Guariroba S.A
Novo centro de análise
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