Preparar crianças e adolescentes com idades entre 07 a 17 anos de todo o País para lidarem no dia-a-dia com a preservação ambiental do planeta, trabalhando o conceito do consumo consciente. Esta é a proposta do “Projeto Sou Mais Nós” no AABB Comunidade”, que foi lançado nacionalmente, no dia 19, pela Fundação Banco do Brasil e Federação Nacional das AABB – FENABB, em parceria com o Instituto Akatu e Instituto Cultural Maurício de Sousa.
O projeto social envolverá cerca de 53 mil crianças e adolescentes atendidos pelo Programa AABB Comunidade em 395 municípios de 25 estados, a partir de março de 2003. O objetivo é despertar nos jovens uma consciência coletiva quanto ao desperdício de água, energia, bens naturais, e contribuir para uma sociedade mais saudável e justa.
O AABB Comunidade é um programa de complementação escolar que desenvolve atividades lúdicas e pedagógicas de saúde, cultura, esporte e lazer, e proporciona novas perspectivas de vida a crianças e adolescentes de famílias de baixa renda.
Numa primeira etapa, serão distribuídos gibis com os personagens da Turma da Mônica, de linguagem fácil e objetiva. Neles, as crianças terão a oportunidade de saber a importância da preservação dos recursos da natureza para melhoria da qualidade de vida. Temas como desmatamento de florestas, poluição do ar, desperdício de água, aproveitamento do solo e das plantações, fazem parte do conteúdo da revista em quadrinhos.
“Queremos desenvolver nestes pequenos cidadãos uma consciência que garantirá um futuro melhor a todos nós”, afirma a presidente da Fundação, Heloisa Helena de Oliveira. “O consumo consciente é o processo de escolha que visa equilibrar o bem-estar do consumidor com as possibilidades ambientais e as necessidades sociais”, explica Flávia Aidar, do Akatu.
Os educadores do NTC/PUC (SP), irão receber treinamento do Instituto Akatu para repassar a metodologia e orientação pedagógica do projeto. As crianças e adolescentes também serão os disseminadores dos conceitos de consumo consciente no ambiente familiar, escolar e na comunidade.
Biodiversidade
Os governos devem sair das palavras para a ação. Esta foi a principal conclusão da 17ª Seção do Foro Global da Biodiversidade (GBF em inglês) que se realizou em Valência (Espanha) de 15 a 17 de novembro.
O GBF convocou mais de 200 especialistas de 68 países para discutir cmmo melhorar a gestão das zonas úmidas, a proteção de suas espécies e permanecer como uma fonte vital de recursos para as comunidades mais pobres no mundo.
“Estamos destruindo as áreas úmidas e, consequentemente, as espécies e as comunidades que dependem delas. Os governos devem aplicar os princípios, os guias e as ferramentas em lugar de fazer bonitas promessas de novo” concluiu Tim Jones, especialista em zonas úmidas e responsável do GBF.
Este alerta do GBF vem alguns dias antes do início da 8ª Conferência das Partes da Convenção de Ramsar sobre Áreas Úmidas. Os governos que firmaram este tratado internacional se comprometeram a proteger essa áreas e melhorar sua gestão para alcançar um beneficio econômico, social e ambiental para todos. Se estima que as áreas úmidas (banhados) proporcionam US$ 8,7 bilhões (mais ou menos a mesma quantidade que o Produto Nacional Bruto do Canadá) por ano à humanidade.
“Os governos deram pouca atenção ao que acordaram na última Conferência das na Costa Rica há três anos. Por exemplo, não conter a extensão descontrolada da agricultura e piscicultura nas zonas úmidas” destacou Maurício Ferrari, do Forest People´s Forum (Reino Unido).
Apesar de a Convenção Ramsar ter alcançado alguns êxitos na proteção das áreas úmidas, muitos destes ecossistemas ainda permanecem em grave perigo, resultando por isso, ameaçadas suas espécies, os recursos naturais que proporcionam os modos de vida de muitas comunidades e incrementando o risco de inundações e secas.
Corais ganham proteção
A U.N. International Maritime Organization declarou um grupo de formações coralinas em torno da U.S. Florida Keys como uma zona de proteção náutica internacional. A Florida Keys´ Particularly Sensitive Sea Area se estende do Biscayne National Park, perto de Miami até Tortugas, a oeste de Key West.
Esta é a primeira zona de proteção internaciona dos estados unidos e a 50ª do mundo. A partir de 1º de dezembro navio de mais de 164 pés estão proibidos de entrar ou ancorar nestas áreas.
Sobre o GBF
O GBF – integrado por mais de 20 entidades – se organiza no fim-de-semana anterior à Conferência das Partes da Convenção Ramsar sobre Áreas Úmidas que se realiza até 24 de novembro, em Valência (Espanha). O GBF é um fórum onde se congregam representantes de todos os setores da sociedade (governos, ONGs, setor privado, universidades) para informar e apoiar este acordo internacional para a gestão das áreas úmidas.
Além disso ajuda os governos para que através de suas atividades contribuamn para a conservação das áreas úmidas mediante o intercâmbio de conhecimentos e experiências.
Mais informações sobre este tema: www.iucn.org; www.gbf.ch; www.ramsar.org

Exemplos
Este encontro mostrou exemplos trazidos de muitos pontos do planeta sobre como uma adequada gestão de lagos, rios e deltas possibilita restaurar e melhorar a biodiversidade destes ecossistemas, assim como, das condições de vida de muitos habitantes.
Um exemplo procedente da Mauritânia (na zona de inundações naturais de Diawling) mostrou como com limitados meios, a água pode voltar para aquelas áreas do rio que haviam secado. Consequentemente, pássaros, vegetação e peixes voltaram a esta zona, devolvendo a vários milhares de pescadores novos modos de vida e ao redor de US$ 2 milhões em benefícios procedentes da criação de gado.
“Os governos têm ouvido sempre o GBF, e este Fórum proporcionou assessoramento técnico. Muitas das mudanças sugeridas sobre as resoluções representam melhorias significativas, e nós trabalharemos duramente para assegurar que sejam levadas em consideração”, disse Carolina Ponti-Martinet, responsável da UICN União Internacional para a Conservação da Natureza) para a organização do GBF.
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