Entidades querem saneamento para todos

Rosito: regras, recursos e eficiência

Uma agenda de um programa de governo para os próximos quatro anos, para o desenvolvimento efetivo do setor do saneamento, com foco no abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto, está sendo divulgada por cinco entidades: ABCE – Associação Brasileira de Consultores de Engenharia, ABCON – Associação Brasileira das Concessionárias de Serviços Públicos de Água e Esgoto, ABDIB – Associação Brasileira da Infra-estrutura e Indústrias de Base, AESBE – Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais e ASFAMAS – Associação dos Fabricantes de Materiais e Equipamentos para Saneamento.

O documento – intitulado Saneamento para Todos – faz uma análise da situação do país afirmando que são necessários investimentos de no mínimo R$ 40 bilhões em 10 anos e solução dos passivos existentes da ordem de R$14 bilhões, para mudar a atual situação rumo à universalização do atendimento e à sustentabilidade econômica e ambiental dos serviços.

O presidente da Asfamas, Carlos Alberto Rosito, ressalta que o saneamento carece de uma Política Nacional específica, de uma legislação consistente e fomentadora do desenvolvimento do setor, da solução da questão da titularidade para as regiões metropolitanas e de uma integração dos sistemas regulatórios (meio ambiente, saúde e recursos hídricos).

“O poder público investe cerca de 0,25% do PIB por ano, quantia exígua diante das necessidades, e que levaria à solução dos problemas para mais de 20 anos, se fosse possível congelar as atuais demandas” afirma Rosito acrescentando serem necessários mais recursos e uma regulação forte para ampliar o atendimento e aumentar a eficiência.

Entre as diretrizes recomendadas está a definição de uma política nacional para o setor, envolvendo o conjunto de atores setoriais de modo a viabilizar a universalização dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário e a criação e atuação efetiva de um órgão de coordenação da Política Nacional de Saneamento, pelo Governo Federal, de forma integrada com as demais políticas públicas do País. Este órgão deverá definir os instrumentos e procedimentos que propiciem ao conjunto dos atores condições seguras na busca da universalização do atendimento e na gestão da eficiência.

Outro ponto destacado no documento, conforme Rosito, é a necessidade de definição de políticas tarifárias que reflitam os custos reais dos serviços e dos investimentos necessários, tanto para água quanto para os esgotos, bem como tarifas adequadas, adaptadas às condições de pagamento das diferentes categorias de usuários e que permitam uma política de subsídios justa e adequada, além de transparente.

Sabonetes ganham prêmio internacional

Manaus (Agência Sebrae de Notícias) – Um grupo de 33 mulheres da Associação Vida Verde da Amazônia, em Silves, a 380 km de Manaus, que trabalham na fabricação e venda de sabonetes ganharam o prêmio internacional Iniciativa Equatorial instituído pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) pela criação e execução do Projeto Comunitário de Produção Sustentável de Óleos Essenciais. Os sabonetes são feitos de glicerina, com essências de plantas amazônicas com alto poder aromático e curativo, como pau-rosa, preciosa, crajiru e babaçu. Elas fabricam também uma mistura que dá origem a incensos aromáticos.

A Avive recebeu US$ 30 mil do PNUD pela premiação em cerimônia na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque. A produção da Avive, que atinge a marca tímida de 1.000 unidades mensais, é vendida para hotéis de selva, um filão em toda a Amazônia.

Entre as entidades parceiras do projeto estão o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e a organização não-governamental WWF Brasil – Fundo Mundial para a Natureza.

Os sabonetes são vendidos ao preço de R$ 3,00 a R$ 5,00 a unidade, o que garante um rendimento médio mensal de quase R$ 5 mil. Segundo a diretora da Avive, Regina Maria Célia Batista dos Santos, a meta prioritária é a criação de uma casa de produção, onde elas poderão produzir e vender mais, diminuindo os custos. Hoje, 30% do valor ganho com a venda dos sabonetes e incensos é destinado à Avive. O restante é dividido entre as associadas.

O projeto das associadas da Avive teve início há cerca de dois anos, com a produção de produtos com base na destilação de plantas aromáticas e medicinais. A proposta é fabricar produtos 100% naturais.

O projeto diferenciado e ecologicamente correto, tem o objetivo de pesquisar e produzir uma linha de cosméticos de base vegetal ou glicerinada, como sabonetes, xampus, condicionadores e cremes para o corpo e o rosto.

Principais pontos

As entidades defendem:

a aprovação de uma legislação nacional com diretrizes para os serviços integrados, contendo a estruturação da política nacional de saneamento, regras de concessão e regulação;

um sistema de financiamento eficiente, contando com recursos públicos e privados, orientado pelo Órgão coordenador da Política Nacional de Saneamento;

o direcionamento dos recursos públicos orçamentários para programas que não tenham condições de rentabilizar-se somente pelo pagamento de tarifas;

a integração dos sistemas regulatórios setoriais (saúde, recursos hídricos, meio ambiente e defesa do consumidor) ;

promoção do conhecimento e transparência através da comunicação para a mobilização da sociedade para o desenvolvimento das ações em saneamento básico.

Economia de energia

A Câmara Setorial de Bombas e Motobombas da Abimaq participa do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) com a inclusão da categoria bombas centrífugas. Segundo o vice-presidente João Batista Burin, trata-se do primeiro acordo para etiquetagem de produtos na área metal-mecânica.

O PBE visa à conservação de energia elétrica em eletrodomésticos e equipamentos eletrônicos, por meio de um sistema de Etiquetagem Informativa sobre a eficiência energética dos aparelhos, o selo Procel. “Trata-se de um fator que agrega valor ao produto, pois abre a perspectiva de que a eficiência energética se torne um importante parâmetro para a exportação de equipamentos, uma vez que diversos países estabelecem níveis mínimos de consumo para comercialização”, afirma Gilberto Chiarelli, presidente da Câmara Setorial de Bombas e Motobombas da Abimaq.

Fonte: Abimaq

Feiras e negócios

A IV Feira Internacional do Meio Ambiente Industrial mostrou o crescimento do mercado ambiental brasileiro: nos 3 dias de atividades, os 280 expositores receberam mais de 20 mil visitantes; dentre eles os especialistas participantes dos seus eventos simultâneos – o IV Seminário Internacional do Meio Ambiente Industrial e a Global Conference Building a Sustainable World; além de várias delegações estrangeiras . Dentre as empresas expositoras, nada menos de 60 são de outros países, com especial destaque para as alemãs (10), suíças (15), britânicas (15); além de italianas, francesas e americanas. Os negócios gerados ultrapassaram os R$ 80 milhões.

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