MMA quer comitês para negociações internacionais

O ministro do Meio Ambiente, José Carlos Carvalho, defendeu a adoção de novos mecanismos de negociação internacional em torno de questões ambientais, com a criação de comitês regionais, a exemplo do grupo de países da América Latina e Caribe que se uniu em defesa de temas comuns a convite do governo brasileiro. Durante palestra na 5ª Conferência Latino-Americana sobre Meio Ambiente (Ecolatina), que se realizou na semana passada em Belo Horizonte (MG) debatendo temas sobre Informação e Educação Ambiental, Carvalho destacou a necessidade de se criar novos pólos regionais no cenário político internacional.

“Os Estados Unidos, por exemplo, são muito sensíveis à opinião pública de seus cidadãos e, assim, entendo que grandes questões ambientais só terão soluções com a mobilização da população mundial”, acrescentou. José Carlos Carvalho lamentou a derrota da proposta defendida pelo Brasil de transformar em energia renovável 10% da energia consumida no mundo, até 2010. “Tínhamos o apoio

de 90% dos países participantes da Rio+10, mas fomos derrotados pelos países ricos como Estados Unidos, Canadá, Nova Zelândia, Japão e países da OPEP”, destacou.

Segundo o ministro, o Brasil continuará defendendo as propostas apresentadas durante a Rio+10 porque todas refletem os anseios da sociedade brasileira. “O que estamos propondo significa um compromisso com o país, não é um jogo de cena no cenário internacional”, prosseguiu. Em sua opinião, o Brasil tem autoridade e legitimidade para defender as propostas apresentadas na África do Sul porque todas foram amplamente debatidas pela sociedade brasileira, analisadas pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) e o Congresso Nacional. Esta é a principal razão da estabilidade política ambiental brasileira”, ressaltou.

O país, segundo o ministro, tem ainda um grande passivo ambiental, que não será superado a curto prazo. “Mas o Brasil está se preparando institucionalmente para implantar medidas importantes como o novo Código Florestal, que define as regras para áreas de preservação em todas as regiões do país, a Lei de Crimes Ambientais, aprovada pelo Congresso, a Lei de Gerenciamento dos Recursos Hídricos, entre outras.

Fonte: Agência Meio Ambiente

Cresce mercado de resíduos

O mercado de destinação de resíduo industrial perigoso em aterros pode movimentar negócios da ordem de R$ 700 milhões por ano no Brasil. Hoje, gera um faturamento de aproximadamente R$ 173 milhões, um valor quatro vezes menor do que o seu potencial, de acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos (Abetre).

Atualmente no Brasil, cerca de 850 mil toneladas de resíduo industrial perigoso e não perigoso são tratadas em 16 aterros licenciados no País. Aproximadamente 2 milhões de rejeitos têm destino desconhecido, boa parte indo parar em lixões. “Temos tecnologia de ponta na área para tratarmos qualquer tipo de resíduo”, comenta Carlos Fernandes, presidente da entidade.

A Abetre, fundada em 1998, reúne 14 companhias que representam 75% do segmento, e que alocam e tratam os resíduos industriais e de saúde, por meio de tecnologias de co-processamento, incineração, centrais de tratamento de resíduos e aterros.

Argentina retarda medidas ambientais

O Ombudsman Nacional, Eduardo Mondino, advertiu que o Governo argentino permitiu em um mesmo decreto um aumento nos preços dos combustíveis, e beneficiou as empresas petrolíferas com um adiamento da obrigação de reduzir o conteúdo de benzeno na gasolina. Segundo a Secretaria de Energia o benzeno nos combustíveis é um produto tóxico e cancerígeno.

“É sumamente preocupante esta resolução, tendo em vista os riscos para a saúde da população e os problemas relativos à contaminação ambiental”, assinala Mondino. O prazo foi prorrogado para 30 de junho de 2003 sob a alegação de impossibilidade de investimentos por parte da indústria. Em vários países da América Latina o benzeno foi reduzido a níveis menores de 1%, enquanto na Argentino o teor está entre 2 e 3 % .

Fonte: Ecodigital

Socialmente responsáveis

A Pesquisa Responsabilidade Social das Empresas – Percepção do Consumidor Brasileiro, realizada pelo Instituto Ethos e pela Indicator Pesquisa de Mercado, mostrou que dos 1.002 entrevistados, nada menos do que 16% prestigiam companhias que acreditam serem socialmente responsáveis, escolhendo sempre seus produtos e falando bem do fabricante.

O resultado mostrou que o Brasil aparece em 14º lugar no ranking dos locais onde os consumidores mais valorizam as empresas socialmente responsáveis, à frente da França e da Espanha, porém atrás da China, África do Sul e até da Nigéria. Nos primeiros lugares estão Austrália, Estados Unidos e Canadá.

Entre os exemplos de atitude socialmente responsável estão: colaboração com escolas, postos de saúde ou entidades sociais e contratação de deficientes. Já o tema poluição ambiental foi citado como capaz de afetar positiva ou negativamente a imagem de uma companhia.

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