A preocupação com o meio ambiente não está mais restrita às organizações norte-americanas e européias. O setor empresarial brasileiro começa a incorporar essa tendência. Um exemplo é o cuidado que já chega ao setor de embalagens, onde se destaca a Paraibuna Embalagens. A empresa, utilizando seu know-how no processo de transformação da apara (fragmentos de papel) em produto final, utiliza, há quatro anos, a tecnologia de reciclagem para o desenvolvimento de um novo produto: o calço industrial de polpa moldada.
O calço industrial tem a função de proteger e acondicionar produtos que serão armazenados ou transportados, substituindo o EPS (nome genérico do isopor). Segundo o gerente Comercial, Mário Henrique Santos, o calço é uma alternativa de embalagem ambientalmente correta, já que a sua matéria-prima é 100% reciclada, reciclável e biodegradável.
A Paraibuna Embalagens é uma das três empresas brasileiras que fabricam o calço industrial, sendo a única com produção em larga escala. Diversas empresas já aderiram ao produto como a Dako, a Multibrás e a Edwards Lifescience Macchi, que produz rim artificial. Esta é uma comprovação de que o calço é utilizado com sucesso no acondicionamento de geladeiras, peças para eletrodomésticos e produtos frágeis, como o rim artificial utilizado em transplantes.
Para o Gerente Administrativo da Paraibuna, Heitor Villela Júnior, há uma grande preocupação com o meio ambiente, por isso as empresas estão preocupadas em desenvolver e utilizar produtos que não agridam a natureza. “O calço industrial é uma solução perfeita pois substitui o EPS utilizando matéria-prima reciclada, reciclável e biodegradável. A conscientização ainda é lenta, mas a procura cresce a cada dia”, conclui.
Características do calço industrial:
Produto elaborado a partir de moldagem de fibras de celulose reciclada, composta de aparas de jornal e ondulados. A polpa moldada leva de um a quatro meses para ser totalmente absorvida pela natureza.
Vantagens:
Perfeita moldagem e acolchoamento do produto;
Menor área de armazenagem e estocagem;
Resistência e adaptabilidade ao empilhamento;
Soluções econômicas e personalizadas;
Adequado à Norma ISO 14.000;
:Produto 100% reciclável e biodegradável.
Resíduos industriais
O comportamento da indústria brasileira em termos de proteção ao meio ambiente melhorou nos últimos quatro anos a partir da promulgação da Lei de Crimes Ambientais, afirmou, no Rio, à Agência Brasil, o presidente da Abetre – Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos, Carlos Fernandes. Segundo ele, a preocupação do setor é crescente embora haja pontos ainda a serem melhorados.
Na parte de resíduos gerados pela indústria, somente 25% a 30% dos detritos são tratados de forma adequada, disse Fernandes que esclareceu que a Política Nacional de Resíduos, em votação no Congresso, é muito importante para mostrar o caminho para se chegar a uma situação ideal.
Nos países desenvolvidos, como Estados Unidos e o bloco europeu, toda a parte de geração de resíduos já é tratada adequadamente, restando alguns problemas a serem resolvidos ligados à recuperação de áreas que foram contaminadas no passado, problema que sequer foi cogitado no Brasil, segundo o presidente da Abetre.
A entidade realizou palestra na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) sobre a responsabilidade ambiental da indústria. O seminário abriu o ciclo de palestras itinerantes que a Abetre levará a todo o país até o final do ano. Fernandes disse que a luta é de esclarecimento e informação para o setor industrial e também para toda a sociedade que não tem noção do risco que a má conduta ambiental e o tratamento inadequado de resíduos podem acarretar ao meio ambiente e à saúde através da contaminação.
Agência Brasil
Selo verde
O Conselho de Manejo Florestal, acaba de conceder à Hércules S.A. – empresa fabricante de talheres inoxidáveis, pertencente ao Grupo Eberle Mundial, a certificação de seus produtos de madeira. O FSC foi criado em 1993, com o objetivo de promover o bom manejo das florestas naturais e plantadas. Há dois tipos de certificação: manejo florestal (FM) e cadeia de custódia (CoC). A cadeia de custódia pode ser exclusiva, quando opera somente com produtos certificados, ou não-exclusiva, quando trabalha com produtos certificados e com não-certificados. A CoC da Hércules é não-exclusiva.
O certificado FSC é obtido após um minucioso processo de avaliação, tanto do manejo florestal quanto da cadeia de custódia adotado pela empresa, por especialistas de uma certificadora credenciada pelo FSC. No caso da Hércules, a certificadora foi a ONG Rainforest Alliance, dos Estados Unidos, através do programa Smartwood, que no Brasil é representado pelo Imaflora.
A Hércules atendeu aos princípios e critérios do FSC e, em julho de 2002, recebeu a certificação, com validade internacional por cinco anos. Haverá auditorias anuais para checar a continuidade dos atuais procedimentos. Hoje, a Hércules utiliza produtos certificados da RJ Madeiras que, por sua vez, se abastece de fontes certificadas pelo Smartwood, a Flosul (eucalipto) e Duratex (MDF).
Segundo fontes do FSC-Brasil e do Grupo de Compradores de Produtos Certificados, os produtos com selo FSC têm atualmente uma demanda superior a um milhão de m³/ano no mercado interno e este volume pode duplicar, se a oferta for garantida.
Cursos de encanadores
A Águas do Amazonas está promovendo uma edição especial do “Curso de Encanadores”. Esta edição terá a participação dos moradores do bairro Mauazinho II, que até o final do mês de agosto estarão sendo interligados ao sistema de abastecimento regular da empresa.
Além de instrui-los a fazer pequenos reparos nas instalações hidráulicas, o objetivo também é o de ensina-los a fazer a ligação interna de sua residência. Os alunos receberão noções básicas sobre o conserto de vazamentos (torneiras, descargas, registros e tubulações de pequeno porte), dicas para identificar sinais de desgaste da tubulação antes mesmo dos problemas surgirem e, como fazer uso racional da água.O curso tem carga horária de 3 horas e será ministrado por encanadores profissionais da Águas do Amazonas.
Leave a Reply