Tubulações de PVC: Soluções para os Problemas

Atualmente, nos Estados Unidos e Canadá, são instaladas mais tubulações de PVC, para distribuição de água, do que todos os outros materiais somados. Ou seja, mais da metade das novas tubulações instaladas são de PVC. Esta ampla utilização é motivada pelas propriedades que o produto apresenta na resolução dos problemas associados com a operação e manutenção das tubulações subterrâneas.

O PVC é um dos materiais mais flexíveis, mecanicamente, entre os que são usados em tubulações. Esta propriedade é uma grande vantagem quando se tem um tipo de solo que apresente instabilidades. E se torna mais importante ainda, quando se leva em conta que o PVC não é corroído pelo ambiente agressivo do solo. Pontos de corrosão em tubulações metálicas, associados à falta de flexibilidade, são locais passíveis de ocorrência de rupturas.

O PVC não é corroído pelo ambiente agressivo do solo não necessitando, portanto, uma proteção interna secundária, usada em tubulações metálicas; o que representaria custos adicionais.

O índice de rupturas das tubulações de PVC é menor do que o dos outros materiais. No Canadá o índice para o PVC é de 0,7 rupturas/100 kms, enquanto que o dos metálicos varia entre 9,5 e 35,9 rupturas/100 kms.

O PVC também apresenta maior resistência à formação do biofilme (assunto tratado na última edição da Aguaonline) não sendo atacado por bactérias e outros microorganismos, como acontece com outros materiais que até servem como nutrientes aos microorganismos.

Por ser mais lisa, essa tubulação causa menos atrito à transferência de água do que tubulações de cimento ou de metal. Esta propriedade acaba reduzindo os custos relacionados com bombeamento da água (perda de carga).

A durabilidade, a baixa perda de carga, devido ao pouco atrito, e a facilidade de instalação permitem ao PVC oferecer benefícios substanciais que acabam por explicar a sua ampla utilização. Imune à corrosão interna e externa, a água pode ser distribuída tão pura e limpa como sai da estação de tratamento.

A expansão do uso de tubulações de PVC e a retirada de outros materiais representa um potencial para um corte de até 93% nos custos de reparos e manutenção. No Canadá e Estados Unidos, esta economia significa centenas de milhões de dólares por ano.

Mesmo produzindo as águas mais seguras do mundo, Estados Unidos e Canadá ainda têm sérios problemas de deterioração em grande parte da infra-estrutura de distribuição. Contaminação de água causada por rupturas de tubulações e formação de biofilme têm sido uma grande preocupação para as autoridades sanitárias de todos os países.

O cloro, para desinfetar a água, e o PVC, para transportá-la com segurança e higiene, estão entre as soluções mais econômicas e eficientes para a principal questão de saúde pública: a água potável.

Qualidade da água

A Abiclor, representada pelo engenheiro Paulo Fernando Castagnari, participou da I Jornada Brasileira de Qualidade da Água, promovida pela Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), entre 26 a 28 de junho, em Porto Alegre. O tema abordado foi O cloro ainda é necessário no Brasil? Castagnari mostrou estatísticas sobre saneamento e a influência direta da correta desinfecção da água e a redução das doenças infecciosas transmitidas pela água. Um dos exemplos mostrados no evento foi um gráfico divulgado nos EUA incluindo dados obtidos antes do início da cloração e tempos depois revelando acentuado declínio dos casos de febre tifóide.

Outra estatística, desta vez do Datasus, de 1997, indica a morte de 50 pessoas por dia no Brasil, vitimadas por doenças relacionadas à falta de saneamento. Destas 40% eram crianças de 0 a 4 anos.

Outro ponto abordado na palestra foi a ação do cloro sobre a água na desinfecção, na manutenção da qualidade microbiológica, desde o ponto de tratamento até o usuário da água, através do cloro residual livre, controle de sabor e odor, prevenção de crescimento de algas, remoção de ferro e manganês, destruição de sulfeto de hidrogênio, remoção de cor, remoção de compostos nitrogenados, desinfecção de redes e reservatórios e prevenção de formação de limo nas tubulações de distribuição. Castagnari alertou para a necessidade de preservação dos mananciais como o principal método de prevenção da formação de subprodutos no processo de desinfecção.

Outros sites de informação

Chlorine Chemistry Council: www.c3.org

Environmental Protection Agency – EPA (USA):

www.epa.gov

Eurochlor – Representante da Indústria de Cloro/Soda da

Comunidade Européia: www.eurochlor.org

Ministério da Saúde (Brasil): www.saude.gov.br

OMS (WHO – World Health Organization): www.who.int

OPAS – Organização Pan-Americana de Saúde: www.opas.org.br

Sabesp: www.sabesp.com.br

Fonte

Os textos publicados nesse espaço têm como fonte a Abiclor. Mais informações:

www.clorosur.org/

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