
O tema escolhido para o 22 de março de 2002 é “Água para o desenvolvimento”, e como organismo coordenador das Nações Unidas foi designado o Organismo Internacional de Energia Atômica (OIEA), com sede em Viena.
Segundo o material divulgado para celebrar a data “o desenvolvimento é um conceito muito amplo que pode referir-se a um estado de crescimento ou maduração. Existe a tendência a pensar que desenvolvimento e avanço são dois conceitos equivalentes, mas estritamente não é assim. Em termos das sociedades humanas, caberia descrever melhor o desenvolvimento como uma sociedade que realiza seu potencial. Diante da demanda crescente de recursos hídricos que diminuem de forma progressiva, a água define e limita hoje em dia as aspirações de desenvolvimento humano, social e econômico em muitas partes do mundo.
Fatos e cifras
Do total dos recursos hídricos da Terra, aproximadamente 97,5 % são água salgada e dos 2,5% restantes, que são água doce, em torno de 70% estão congelados
nas calotas polares. Para um uso humano direto se pode ter fácil acesso a menos de 1% de água doce mundial, quer dizer, 0,007% do total dos recursos hídricos da Terra. (OMS)
Segundo as estimativas, a população mundial chegará a 8, 3 bilhões em 2025 e
a 10 ou 12 bilhões em 2050. (UNESCO)
Se estima que em torno de 1,2 bilhões de pessoas (20% da população mundial) carecem atualmente de água apta para o consumo. (UNESCO)
A demanda mundial de água aumentou 6 ou 7 vezes nos últimos dez anos, o que eqüivale a mais do que o dobro da taxa de crescimento demográfico. (UNESCO)
As extrações mundiais de água aumentaram de 250 metros cúbicos por pessoa em 1900 para 700 metros cúbicos por pessoa na atualidade. No Canadá, essa cifra ascende a quase o dobro, o que faz com que o país ocupe, segundo este conceito, o segundo lugar depois dos Estados Unidos. (Environment Canada)
Se continuar a atual estrutura de consumo, duas em cada três pessoas enfrentarão, já em 2025, condições de vida difíceis na Terra pela escassez de água. (PNUMA)
Carecen de acesso a serviços básicos de saneamento em torno de 2,4 bilhões
de pessoas, com predominância de populações pobres. (OMS)
Para cada metro cúbico de águas residuais contaminadas que se descarrega em aqüíferos e cursos de água se tornam não aptos para consumo entre 8 e 10 metros
cúbicos de água pura. (UNESCO)
A falta de água saudável e de serviços de saneamento adequados, assim como condições de vida deficientes, são os problemas ambientais prevalecentes que acometem as crianças nos países em desenvolvimento. (UNICEF)
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Cobrança pelo uso
O CNRH – Conselho Nacional de Recursos Hídricos decidiu autorizar a cobrança pelo uso da água da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, que abrange São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O comitê da bacia propôs a cobrança de até R$ 0,02 por metro cúbico, para investir na reversão da degradação do rio. A solicitação foi apresentada ao CNRH pelo Comitê que, em dezembro de 2001, havia aprovado a implantação da cobrança pela uso dos recursos hídricos e a criação da Agência de Águas da Bacia. A autorização inclui, além das companhias de saneamento e indústrias usuárias das águas do rio não incidindo diretamente sobre os consumidores residenciais. A medida poderá ser aplicada futuramente às bacias dos Rio São Francisco e Doce, entre os estados de Minas Gerais e Espírito Santo.
(Agência Brasil)
Travessia
O ciclista mineiro José Geraldo de Souza Castro (Zé do Pedal) tem um projeto inédito: viajar de Nova Iorque ao Rio de Janeiro em um barco a pedal, cobrindo uma distância de aproximadamente 23.000 quilômetros. O projeto tem como objetivo alertar as pessoas sobre a urgente necessidade de manter limpos os rios, lagos e oceanos, principalmente as nascentes. Para fazer o lançamento e promover o projeto, Zé do Pedal saiu no dia 22 de março da cidade de Três Marias (Minas Gerais) para uma viagem até Aracaju (Sergipe) no oceano Atlântico. A viagem, de 3.000 quilômetros, será realizada em um barco tipo pedalinho, doado pela empresa PLAYBALSA, percorrendo o rio São Francisco até sua foz, e depois, pelo mar até a capital de Sergipe. “Escolhi o rio São Francisco porque ele é um rio místico e que conta muito do sonho brasileiro, é uma beleza que se renova a cada dia com sua beleza e mistério. Quero tentar mostrar ao Brasil, um rio diferente que luta para manter viva as tradições e os sonhos daqueles que depositaram nele toda a sua esperança de um amanhã melhor”.
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